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24.07.2023

RMC tem a maior taxa de ocupação de empregos SP

Correio Popular – 24/07/2023

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) atingiu no primeiro trimestre deste ano a taxa de ocupação de empregos de 64%, a maior do estado de São Paulo, recuperando-se da crise gerada pela pandemia de covid-19. É o que revela estudo divulgado pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), com o índice sendo superior até mesmo ao do quarto trimestre de 2019, o último antes do impacto negativo na economia gerado pela doença, quando foi de 61,7%.

Após a decretação da pandemia em março de 2020, quando tiveram início as medidas restritivas de circulação de pessoas no Brasil e no mundo, 28.715 postos de trabalho no bimestre março abril foram fechados na RMC, de acordo com pesquisa feita pelo Observatório PUC-Campinas com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Já nos primeiros cinco meses deste ano, a Região Metropolitana registrou a criação de 23.668 nova vagas.

O estudo da fundação ligada ao governo do estado mostra que apenas três regiões paulistas apresentaram desempenho no primeiro trimestre melhor do que em 2019. Além de Campinas, aparecem a Capital, com taxa de ocupação de 63% contra 62,2% no quarto trimestre de 2019, e a Região Sudoeste do Estado, com a atual ocupação de 61%, acima dos 60,3% de 2019.

O Seade considerou como Sudoeste a união de quatro Regiões Administrativas (RAs), Marília, Bauru, Presidente Prudente e Araçatuba.

Juntas, essas três áreas foram responsáveis por oito em cada dez empregos gerados no Estado no período analisado. Elas responderam pela geração de 625 mil ocupações, o equivalente a 83,22% das 751 mil vagas criadas em territórios paulista, destaca o estudo.

“Este ano o mercado de trabalho está melhor”, diz a atendente de cafeteria Érica Nascimento, que voltou a trabalhar com registro em carteira. A microempresa no Centro de Campinas, onde trabalha, foi inaugurada em setembro passado com quatro funcionários e já elevou o número para seis.

As regiões da Baixada Santista e a Central perderam, respectivamente, 138 mil e 53 mil ocupados, apresentando, junto com o Entorno Metropolitano Oriental, os menores níveis de ocupação no primeiro trimestre de 2023.

OUTRAS ANÁLISES

A taxa média de ocupação do Estado de São Paulo entre janeiro e março passado ficou em 61%, ligeiramente abaixo dos 61,2% verificados no quarto trimestre 2019. A pesquisa mostra ainda que a RMC registrou entre janeiro e março passado o maior recuo taxa de desocupação (pessoas desempregadas). O índice caiu de 12,6% no final de 2019 para 6,6% no primeiro trimestre deste ano. É a segunda menor taxa do Estado, empatada com a da Região Sudeste e atrás apenas dos 4,6% da Região Noroeste (RAs de São José do Rio Preto, Barretos, Franca e Região Metropolitana de Ribeirão Preto).

“Em todos os estratos geográficos, a taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2023 foi inferior à do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia”, destaca o Seade. Porém, duas regiões apresentaram índices superior à média do Estado, que ficou em 8,5%. São as do Entorno Metropolitano Oriental (13,8%) e a Baixada Santista (11,7%).

De acordo com o Seade, a Região Metropolitana de Campinas fechou maio com o estoque de 1,04 milhão de empregos. O número representa 7,81% do total de 13,3 milhões de postos de trabalho do Estado. Em todos os cinco primeiros meses deste ano, as RMC registrou saldo positivo entre o número de trabalhadores admitido e o de demitidos.