Imprensa

12.06.2023

RA de Campinas é destaque em geração de empregos

Correio Popular – 07/06/2023

A Região Administrativa (RA) de Campinas foi a segunda que mais gerou novos empregos formais no Estado de São Paulo no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, os 90 municípios registraram o saldo positivo de 27.115 postos, atrás apenas da Região Metropolitana de São Paulo, com 44.210. Ou seja, a média é que a cada cinco minutos uma pessoa conseguiu emprego com carteira assinada na RA nos três primeiros meses de 2023, de acordo com o estudo divulgado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério da Economia.

O resultado da RA de Campinas corresponde às 298.439 admissões ocorridas de janeiro a março, menos as 271.324 demissões. O levantamento revela que a Região Administrativa de Campinas foi responsável por 19,85% do saldo de 136.604 empregos no Estado no primeiro trimestre, o que representa que praticamente gerou um em cada cinco novos empregos formais criados nos 645 municípios paulistas. No Estado, ocorreram 1,84 milhão de admissões e 1,7 milhão de demissões no primeiro trimestre.

Porém, ele acredita que a taxa de desemprego deverá fechar o ano entre 8% e 9%. O economista explicou que a crise econômica levou muitas pessoas a desistirem de procurar emprego em 2022, influenciando as pesquisas econômicas. Com a perspectiva de melhorias das condições de conseguir uma vaga, elas devem voltar para o mercado, o que refletirá nos números gerais.

CONTRATAÇÕES

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico divulgou na terça-feira (6) que há 10,4 mil vagas disponíveis no Estado por meio dos cerca de 230 Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs). Para usar o serviço, é necessário levar RG, CPF e Carteira de Trabalho. O atendimento presencial pode ser agendado pelo site do PAT ou comparecendo diretamente em uma unidade. Na região, há postos em Campinas, Sumaré, Indaiatuba e outras cidades.

Empresa fabricante de produtos de limpeza, uma das maiores do País, já fez contratações este ano e está com novas vagas abertas para a matriz em Amparo. São para diversas funções, entre elas, planejador de manutenção, analista de tesouraria, auxiliar de operações e analista de meio ambiente. A empresa, com capital 100% brasileiro, tem cerca de 7 mil funcionários no País, contando com mais cinco fábricas, que estão instaladas em Salto (SP), Simões Filho (BA), Anápolis (GO), Goiânia (GO) e Itapissuma (PE).

Uma rede de hortifrutigranjeiros recém-inaugurou sua 12ª loja em Campinas, que gerou 120 novos empregos. “Campinas é uma cidade que nos acolheu e onde expandimos nossa marca. Estamos presentes em vários bairros, fortalecendo, cada vez mais, esse vínculo de proximidade e respeito com a comunidade e com nossos clientes. É uma satisfação imensa abrir mais uma loja”, afirmou a gerente de Marketing da empresa, Janaína Borges.

A nova unidade, no Alphaville, tem 1.450 metros quadrados de área e dispõe de diversos setores, como açougue, adega, floricultura, frutas, legumes e verduras, frios e laticínios, mercearia, padaria, peixaria e rotisseria. A rede tem mais de 70 lojas espalhadas pelos Estados de São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

SETORES

De acordo com o Seade, o setor que mais contratou na RA de Campinas no primeiro trimestre foi o de serviços, com 17.679 postos criados. O número equivale a 65,2% do total, ou três em cada cinco vagas. O setor industrial ficou com a segunda colocação no ranking, com 5.985 novos postos formais, seguido pela construção civil (5.080) e agricultura (261). O comércio foi o único setor com desempenho negativo, com o fechamento de 1.890 vagas de janeiro a março.

Os dados do Seade mostram que fevereiro foi o mês com o melhor desempenho do mercado de trabalho, quando foram gerados 19.085 empregos formais na Região Administrativa de Campinas. Para o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Rafael Cervone, os dados da economia ?são preocupantes? por apontarem queda da atividade industrial. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos, registrou crescimento de 1,9% no País, mas também revelou queda de 0,1% da indústria e de 3,4% dos investimentos.

Ele defende a redução dos juros, reforma tributária, combate à insegurança jurídica e redução do Custo Brasil para criar um ambiente que permita a retomada do crescimento industrial. “Hoje, a indústria representa 11,3% do PIB, mas arca com cerca de 30% do bolo total de impostos, sendo um deles, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), um amargo ‘privilégio’ da manufatura”, criticou o empresário.

O presidente do Ciesp também defende que o Brasil adote uma política eficaz para o fomento e aumento da competitividade do setor, pois proporcionaria melhores condições para um crescimento mais expressivo e sustentado do PIB. Ele lembra que o setor industrial é um grande gerador de empregos, provedor de tecnologia e inovação e responsável pelos salários mais elevados.

“O que desejamos é uma política de longo prazo, um projeto de Estado e não de governos, para alinhar nosso parque fabril aos mais modernos e competitivos do mundo”, afirmou Cervone. O Ciesp representa oito mil indústrias paulistas e possui 42 regionais espalhadas pelo Estado de São Paulo.

Das 15 Regiões Administrativas mais a Região Metropolitana de São Paulo, 14 apresentaram resultados positivos na geração de empregos de janeiro e março deste ano. Apenas duas registraram maior número de demissões do que de contratações. A RA de Barretos registrou o fechamento de 161 vagas de emprego nos três primeiros meses de 2023, enquanto a de Itapeva teve no período o encerramento de 904 postos.

A Fundação Seade apontou que em março foram criados 50.768 empregos formais no Estado de São Paulo, alta de 124% em comparação aos 22 mil postos do mesmo mês de 2022. O crescimento foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com destaque para transportes, armazenagem e empregos, com 37.299 postos, e construção civil, 8.709. A Região Metropolitana foi a que mais gerou novos empregos, com 20.619 vagas. Outras regiões que registraram saldo positivo expressivo foram as de Campinas (8.030), São José do Rio Preto (4.108) e Franca (2.632).