Imprensa

26.06.2023

Desemprego diminuiu na região metropolitana de São Paulo

A Pesquisa Trajetórias Ocupacionais, desenvolvida pelo Sistema Estadual de Análise de Dados – Fundação Seade, mostra que o arrefecimento da pandemia resultou em queda do desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP): o número de pessoas em situação de desemprego diminuiu de 1,5 milhão para 1,4 milhão entre 2021 e 2022.

Para Alexandre Jorge Loloian, da Divisão de Indicadores Sociais da Fundação Seade, o avanço da vacinação e o arrefecimento do Covid-19, associado à flexibilização das restrições sanitárias foram fatores determinantes para a retomada das atividades e da ocupação e, no caso específico da região metropolitana de São Paulo, o crescimento das atividades e do emprego nos serviços, que haviam sido os setores que mais sofreram com a pandemia, colaborou para a redução do desemprego.

Do total de desempregados em 2022, 33% estavam nessa mesma situação desde o ano anterior, outros 46% encontravam-se ocupados em 2021 e perderam ou deixaram seu trabalho ao longo do ano, incorporando-se ao contingente de desempregados. Os restantes 21% estavam inativos em 2021 e, com a abertura da economia, voltaram a procurar trabalho.

“A retomada das atividades invariavelmente estimula as pessoas que se encontravam na condição de inativas a voltar para o mercado de trabalho na esperança de conseguir uma colocação, mas também é muito provável que as restrições orçamentárias das famílias tenham sido um poderoso estímulo para essa volta ao mercado de trabalho, não só por conta da inflação, mas também do desemprego ainda em níveis elevados e das perdas reais dos rendimentos dos ocupados”, destaca Alexandre Jorge Loloian.

A maioria dos desempregados tinha experiência de trabalho anterior e cerca de 24% realizaram algum tipo de bico nos últimos três meses, para sobreviver. Com o fim das restrições impostas pela pandemia, os desempregados voltaram a procurar trabalho presencialmente (79%), embora o uso da internet e redes sociais não tenha sido abandonado: 64% buscaram trabalho pelas redes sociais e internet e 37% utilizaram o whatsApp.

“Durante o período da pandemia ampliou-se muito as formas de procura por emprego através das redes sociais, em função das restrições de circulação impostas pelas medidas sanitárias, e a recuperação das formas presenciais de procura por emprego em 2022 demonstra tanto a importância dessas modalidades mais características do período pré pandemia quanto o legado desse período, que representa uma combinação, com algum ganho da utilização dos meios eletrônicos e das redes sociais”, afirma Alexandre Jorge Loloian.

As estratégias para a procura de trabalho pelos desempregados permaneceram sendo as formas tradicionais, como o contato com parentes, amigos ou conhecidos (62%) e procura e consulta a empregadores ou empresas (50%).

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