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Bye bye Campinas?Veja por que pesquisa do Seade mostra mais idas do que chegadas de migrantes
Site G1, de Campinas – 20/08/2023
Um levantamento da Fundação Seade mostra que Campinas (SP) registrou entre 2010 e 2022 mais saídas do que chegadas de migrantes. O comportamento na metrópole foi verificado em 54,6% dos municípios paulistas, incluindo mais cinco das 31 cidades da área de cobertura do g1 Campinas. Veja abaixo dados por município e por que o “bye bye” na metrópole pode ser início de tendência.
A pesquisa da instituição vinculada à Secretaria da Fazenda e Planejamento do governo de São Paulo divulgada nesta semana considera estatísticas integradas do registro civil e resultados de censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nos anos de 2010 e 2022.
Além de Campinas, somaram mais idas do que chegada de migrantes na região: Águas de Lindóia (SP), Amparo (SP), Espírito Santo do Pinhal (SP), Lindóia (SP) e Pedreira (SP). Já em todo estado o mesmo comportamento ocorreu em 350 dos 645 municípios paulistas, informou o Seade.
As cidades com maiores taxas para chegadas foram Jaguariúna (SP) e Paulínia (SP), que integram o grupo de cidades limítrofes com a metrópole.
O que mudou em Campinas?
O Seade destaca que a população na metrópole passou de 1,08 milhão para 1,13 milhão no intervalo considerado, mas, em contrapartida, foi contabilizada uma taxa anual líquida negativa de 2,24 para migração – diferença entre saídas e chegadas de pessoas – a cada 1 mil habitantes.
Com isso, embora Campinas tenha registrado um crescimento populacional e seja polo atrativo em virtude de oportunidades econômicas, também teve neste período mais emigração do que imigração.
Explicações para saídas?
Gerente da área de demografia da Fundação Seade, Bernadette Waldvogel afirmou que uma série de fatores podem explicar o maior número de partidas do que chegadas em Campinas.
Para ela, a taxa sinaliza um início de tendência, assim como ocorreu com a Região Metropolitana de São Paulo desde a década anterior. Segundo ela, questões como custo de vida, emprego, moradia e problemas atrelados à violência impulsionam o fluxo de pessoas para municípios do entorno.
“O município pode crescer muito e há uma saturação, e as pessoas também podem buscar municípios vizinhos por serem mais tranquilos, mais barato para morar e continuar a ter acessos aos serviços e oportunidades”, afirmou.
Segundo ela, porém, a explicação não está fechada e seria necessário um acompanhamento mais minucioso para compreensão sobre a realidade de cada cidade da região.
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