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Trabalho de cuidadores é maior entre mulheres, aponta Fundação Seade
Com a paralisação das creches e escolas na pandemia, crianças residentes no Estado de São Paulo passaram a maior parte do tempo exclusivamente sob os cuidados de suas famílias, em especial dos pais, com menor contato com outras crianças ou adultos. E voltaram a frequentar a escola no final de 2021, ainda com certas restrições.
A Fundação Seade realizou pesquisa sobre cuidados em domicílio, e constatou que o trabalho de cuidados na família é majoritariamente feminino e parental. A maior participação das mulheres no mercado de trabalho, associada às mudanças demográficas recentes, apesar de alterar os arranjos familiares, não mudou substancialmente o fato de que o trabalho de cuidados ainda é relacionado ao papel das mulheres na sociedade.
O estudo foi concluído em 2022 e teve como objetivo investigar tanto a qualidade (e precariedade) de vida das famílias quanto o potencial do segmento para incorporar mão de obra.
“Em São Paulo, as famílias são as principais responsáveis por cuidar de indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com deficiência. Essa característica faz com que o setor de cuidados tenha grande potencial para se transformar em frente de expansão de emprego, já que a demanda por trabalhadores da área de assistência e cuidadoras vem crescendo”, descreve Maria Paula Ferreira, da Gerência Social da Fundação Seade.
À época do estudo, o Estado de São Paulo contava com 1,5 milhão de famílias com crianças de até cinco anos completos. Destas famílias, 84% tinham uma criança nesta faixa etária, 14% possuíam duas crianças e 2% tinham pelo menos três crianças. Em média, os pesquisadores observaram que há 4,3 pessoas nas famílias com crianças até cinco anos completos.
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